Um gesto de ajuda humanitária dos Estados Unidos a Cuba, no valor de US$ 3 milhões, foi anunciado após a passagem do furacão Melissa, que deixou um rastro de destruição no Caribe. A ajuda, que será distribuída em parceria com a Igreja Católica, visa apoiar as regiões mais afetadas da ilha, onde mais de 700 mil pessoas foram evacuadas para evitar mortes. No entanto, o governo cubano reagiu com críticas, considerando a oferta “indigna” e exigindo que os EUA levantem o embargo econômico e retirem a ilha da lista de Estados patrocinadores do terrorismo.
A tempestade, que alcançou categoria 5, causou danos significativos em várias províncias cubanas, incluindo Santiago de Cuba, Holguín e Granma, com desabamentos, inundações e colapso da rede elétrica. Apesar disso, o governo de Havana destacou que a evacuação preventiva impediu a ocorrência de mortes no país. A ajuda dos EUA se estende a outras nações atingidas pelo furacão, como Jamaica, República Dominicana, Haiti e Bahamas, que também receberão equipes de socorro e mantimentos da ONU, Venezuela e México.
O furacão Melissa é considerado um dos mais poderosos já registrados no Atlântico nas últimas décadas, com ventos próximos de 300 km/h. A Jamaica foi uma das mais afetadas, com ao menos 28 mortes e perdas econômicas estimadas em quase todo o PIB do país. Em Cuba, os prejuízos materiais devem agravar a crise energética e alimentar que o país enfrenta. A tensão entre os EUA e Cuba, que mantêm relações estremecidas há mais de 6 décadas, foi reacendida com o gesto humanitário, que foi visto como insuficiente pelo governo cubano.




